sexta-feira, 17 de outubro de 2014

PISTORIUS: ACUSÃO PEDE 10 ANOS DE CADEIA, E DEFESA QUER PENA COMUNITÁRIA

Acusação e defesa chegaram até suas considerações finais sobre o caso Pistorius. Nesta sexta-feira, quinto dia de sessões para definir a sentença do astro paralímpico, a promotoria deu seu parecer sobre o que considera ideal para punir o atleta. Diante da corte, o promotor Gerrie Nel afirmou que o réu deve pegar pelo menos 10 anos de prisão pela morte de sua namorada, Reeva Steenkamp, no ano passado. Ele foi considerado culpado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
 - O prazo mínimo que fará a sociedade feliz será de 10 anos de prisão. Este é um assunto sério. A fronteira da negligência com a intenção. Dez anos é o mínimo - disse o promotor Nel.

O advogado defesa Barry Roux, por sua vez, enfatizou a não intencionalidade do seu cliente e pediu ações e serviços comunitários como punição ideal. A corte adiou, novamente, o resultado final até a próxima terça-feira.

Roux lembrou que a juíza Thokozile Masipa considerou genuína, porém equivocada, a justificativa de Pistorius, que atirou em Reeva imaginando ser um ladrão pelo outro lado da porta na noite da tragédia. Admitindo o “alto grau de negligência”, o advogado reforçou que em nenhum momento houve intenção de dolo, e que o atleta é uma pessoa comprometida física e psicologicamente.

Sempre norteado pelo argumento da não intencionalidade de seu cliente, Barry Roux enfatizou que a morte da modelo sul-africana foi um acidente, e ressaltou que Pistorius está devastado emocionalmente, não só pela tragédia, mas também pela “difamação e humilhação” a que foi submetido pela opinião pública.

- Ele perdeu uma pessoa que amava, sua autoestima, a maioria de seus amigos, sua carreira, todas as suas propriedades, todo o seu dinheiro. Ele perdeu tudo - disse o advogado.




Sempre de cabeça baixa, Oscar Pistorius ouviu as ponderações de seu advogado e chorou em vários momentos no Tribunal. O desgaste emocional do campeão paralímpico foi registrado repetidas vezes pelas câmeras dos fotógrafos presentes.

Em seguida foi a vez da promotoria. Gerrie Nel iniciou destacando que a sociedade está amplamente envolvida no caso e tem seus interesses em jogo. Uma pena branda a Pistorius poderá fazer com que haja uma perda da confiança no sistema. Nel também disse não estar convencido diante do aparente remorso do réu.

Sem papas na língua, o representante da acusação afirmou que Pistorius usa sua deficiência física (o fato de ser biamputado) como desculpa. Ele também lembrou que o sul-africano sempre lutou pelo direito de competir ao lado de velocistas sem deficiência.

- É uma vergonha como ele usa sua deficiência como desculpa - atacou o promotor.

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