Um estudo recente revela que as pessoas mais criativas são, também, as que têm mais dificuldades de concentração. É mais fácil pensar ‘fora da caixa’ para quem não consegue bloquear informação sensorial irrelevante.
Um estudo recente revelou que a hipersensibilidade ao som pode ter sido a chave para a criatividade de alguns génios, como Marcel Proust, que usava uma espécie de tampões para os ouvidos e forrava o quarto com cortiça para estar completamente em silêncio enquanto trabalhava.
Os psicólogos envolvidos no estudo indicam que a incapacidade para bloquear informação sensorial irrelevante pode estar fortemente relacionada com a criatividade. Esta filtragem sensorial ‘falhada’, como a descrevem os cientistas, acontece desde muito cedo e involuntariamente.
Os resultados da investigação foram apresentados na publicação ‘Neuropsychologia’ e sugerem que para as pessoas com este tipo de aflição será mais fácil pensar de forma criativa, pois o seu cérebro é capaz de se focar, em simultâneo, num maior leque de estímulos.
Foram analisadas as ligações entre a capacidade de bloquear estímulos áudio irrelevantes e a capacidade para pensar ‘fora da caixa’, sendo testadas 100 pessoas neste âmbito. A conclusão é a de que há uma forte correlação entre ser-se incapaz de filtrar sons irrelevantes e ser-se criativo.
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