Forçar os seus filhos a cumprimentar outra pessoa com um beijo pode ser desaconselhável. Saiba porquê.
No momento de cumprimentar um estranho ou parente afastado com um beijo, muitas crianças hesitam. Esta recusa é normalmente condenada pelos pais, que acabam por insistir no beijo, tido como exemplo de boa-educação.
“Cumprimentar, que é um ato de cortesia, não é sinónimo da intimidade a que o beijo força", por isso, um sorriso ou um aceno podem ser suficientes, defende o pediatra Mário Cordeiro, em declarações ao Diário de Notícias.
Na opinião do especialista, as "as crianças não devem ser obrigadas a beijar quem quer que seja, embora devam ser entusiasmadas a cumprimentar as pessoas".
A discussão sobre se os pais devem ou não coagir as crianças a beijar outras pessoas foi relançada recentemente pela jornalista colombiana Ana Hanssen.
Para a escritora, existem várias razões porque não o deve fazer: respeitar a decisão da criança sobre a forma como demostra afeto e a ideia de que o beijo é algo íntimo, porque os adultos também não gostariam de ser obrigados a faze-lo contra vontade e por uma questão de segurança.
O último ponto levantou polémica e falta de consenso entre especialistas. Ana Hanssen diz basear-se em vários estudos segundo os quais as crianças que são forçadas a beijar são mais vulneráveis a sofrer abusos sexuais.
Fonte: NaoM
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