- O prazo mínimo que fará a sociedade feliz será de 10 anos de prisão. Este é um assunto sério. A fronteira da negligência com a intenção. Dez anos é o mínimo - disse o promotor Nel.
O advogado defesa Barry Roux, por sua vez, enfatizou a não intencionalidade do seu cliente e pediu ações e serviços comunitários como punição ideal. A corte adiou, novamente, o resultado final até a próxima terça-feira.
Roux lembrou que a juíza Thokozile Masipa considerou genuína, porém equivocada, a justificativa de Pistorius, que atirou em Reeva imaginando ser um ladrão pelo outro lado da porta na noite da tragédia. Admitindo o “alto grau de negligência”, o advogado reforçou que em nenhum momento houve intenção de dolo, e que o atleta é uma pessoa comprometida física e psicologicamente.
Sempre norteado pelo argumento da não intencionalidade de seu cliente, Barry Roux enfatizou que a morte da modelo sul-africana foi um acidente, e ressaltou que Pistorius está devastado emocionalmente, não só pela tragédia, mas também pela “difamação e humilhação” a que foi submetido pela opinião pública.
- Ele perdeu uma pessoa que amava, sua autoestima, a maioria de seus amigos, sua carreira, todas as suas propriedades, todo o seu dinheiro. Ele perdeu tudo - disse o advogado.

Sempre de cabeça baixa, Oscar Pistorius ouviu as ponderações de seu advogado e chorou em vários momentos no Tribunal. O desgaste emocional do campeão paralímpico foi registrado repetidas vezes pelas câmeras dos fotógrafos presentes.
Em seguida foi a vez da promotoria. Gerrie Nel iniciou destacando que a sociedade está amplamente envolvida no caso e tem seus interesses em jogo. Uma pena branda a Pistorius poderá fazer com que haja uma perda da confiança no sistema. Nel também disse não estar convencido diante do aparente remorso do réu.
Sem papas na língua, o representante da acusação afirmou que Pistorius usa sua deficiência física (o fato de ser biamputado) como desculpa. Ele também lembrou que o sul-africano sempre lutou pelo direito de competir ao lado de velocistas sem deficiência.
- É uma vergonha como ele usa sua deficiência como desculpa - atacou o promotor.
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