Ali Hussein Kadhim estava com grupo que foi morto pelo Estado Islâmico.
Parentes de soldados acusam autoridades de contribuir para massacre.
O soldado Ali Hussein Kadhim, de 23 anos, conseguiu, segundo seu relato, escapar de um massacre praticado pelo grupo radical Estado Islâmico (EI) no Iraque ao se fingir de morto em meio a colegas executados. Ele havia se alistado apenas dez dias antes do ataque dos radicais à sua base, próxima à cidade de Tikrit.
Ao fingir que tinha sido atingido por um tiro, ele sobreviveu ao massacre realizado em um antigo palácio de Saddam Hussein para onde seu grupo havia sido levado. Kadhim avalia que cerca de 3 mil soldados estavam no grupo que tentou fugir da base com roupas civis, mas acabaram interceptados pelo EI. Ele não duvida da conta do próprio grupo radical, que afirma ter executado 1700 deles.
Em reportagem do "The New York Times", Kadhim contou que soldados xiitas, assim como ele, foram separados em grupos e executados pouco depois de chegarem ao palácio. Quarto na fila, ele caiu no chão quando uma bala passou ao lado de sua cabeça, e os atiradores do EI pensaram que ele havia sido atingido. Horas depois, à noite, ao se certificar de que ninguém vigiava os corpos, atravessou uma distância de quase 200 metros para chegar às margens do Rio Tigre.
Ao longo das três semanas seguintes, ele conseguiu atravessar o rio de águas geladas e forte correnteza e se esconder em matas, onde sobreviveu comendo plantas e insetos, além de receber ajuda de moradores de vilas, muitos deles sunitas, que arriscaram suas próprias vidas ao abrigar um xiita.
Ler mais em: Ego
0 comentários:
Enviar um comentário